russo
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2.10.06

 

Óbvio

É óbvio.
O telefone não toca.
A mão não acaricia.
A carícia não afaga.

É óbvio.
A distância não encurta,
Escorre lentamente em espera:
A noite acaba.

É óbvio.
Em outros mares, outros bares,
Em outros ventos, passos lentos
Se encontram em melodia.

É óbvio.
Não é preciso dizer palavra,
Pois não é sorriso, não é beijo,
Não é abraço, não é preciso.

É óbvio.
As apostas se encerram,
A última mão se cai.
Não foi desta vez.

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