russo
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2.1.06

 

Dia Maldito

A escuridão devora o dia lentamente
Engolfando em trevas os brilhos,
O sussuro das folhas sufocando
O riso das crianças

O negrume espalha-se em cantos,
recantos e ombrais, sorri
com olho cínico escolhe o ponto
onde forte acerta por do sol

É o capeta uivando à noite, filho,
É a morte que assovia casualmente,
É chegada a hora de quebrar suas promessas
É chegada a hora de partir o seu altar

Desce em chamas lentamente
Retorna à casa o filho pródigo
De prodígios tão malditos que os demônios
Com prazer mórbido destilam-lhe torturas

Do alto de seu reino consumado,
Ordena o Cão sua sentença
A cada Lua que n'horizonte se levanta
A dor do parto lhe trará uma coroa

Será de espinhos, fogo e bruxaria
E será seu único alimento,
Fermentando em seu ventre o desencanto
Que irá morrer, e procriar sem o descanso.

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