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14.12.04

 

Sonho estranho

Mais sonho esquisito.

Eu estava em um inferninho em São Paulo, tipo "Madame Satã", só que não era o Madame. Estava mais escuro que o normal em SP, e a frente do lugar era larga (!), mas muito escura. O lugar era comprido, mas o teto, apesar de mais alto que o normal, era desproporcionalmente pequeno frente ao comprimento do lugar. Tava tocando alguma coisa bem pesada - me lembrou a cena do Neo atrás do coelho branco, no Matrix - pessoas de negro em todos os lugares. Eu mesmo estava vestindo roupas negras, mas estava com a minha mochila, a de verdade que eu uso todo dia.

O Ivan, do Maristinha de Brasília (reencontrado no orkut após longos anos), não sei porque cazzo, ele estava lá, mas eu não o vi, eu apenas sabia que ele estava, ou estaria lá.

Tinha mais ambiente embaixo, eu desci as escadas, outro salão, mais estreito, também muito escuro, só que esse salão tinha a forma parecida com a de um J ou um U, ele tinha uma dobra em 180 graus. Ao contornar a parede, do outro lado era um ambiente aberto, eu fui indo, movido pela curiosidade, até o lado de fora.

Chegando lá, tinha uma parte cimentada, com algumas eventuais muretas, como se fosse uma casa inacaba, ou um parquinho há muito sucateado, e tudo era muito escuro, e o terreno era em um leve declive. No fim desse "cimentado" tinha uma grade, igual às grades da pista de motos do Detran no parque do Ibirapuera, e depois da grade, estava a 23 de maio, parecia ser bem no centro, entre a Ferradura e o Anhangabaú.

Movido puramente pela curiosidade, eu fui caminhando, lentamente, explorando aquele canto insólito. Não, a boate não sumiu, ela estava lá, mas por alguma razão ninguém ia lá fora (there should be a reason, uh?). Fui até a grade, vi a 23 lá embaixo (curiosamente não passava carros).

Então, quando eu já estava desencanando e pensando em voltar pra dentro, um cara, agindo como se fosse um dos seguranças do local, aparece. O cara vestia calças pretas, camiseta preta (alguns desenhos em linhas brancas, mas não lembro o que era), careca, parecia um daqueles lutadores de luta livre fingida de televisão, mas o careca tava muito nervoso, fazendo cara de bravo. Perguntou o que eu estava fazendo ali. "Nada", eu disse.

Virei as costas pra ele e fui andando de volta pra dentro. O cara veio me seguindo, e segurou o meu braço esquerdo. Eu estava com a mochila pendurada no ombro direito apenas. Eu chacoalhei o braço e falei pro cara: "Desencosta essa mão aí, ô porra". Ao que o cara segurou o meu braço mais forte, quase um puxão, fazendo com que eu me girasse 90 graus à esquerda. "Caralho, larga o meu braço". Eu falei algo como "você não pode", não lembro mais direito, daí o cara encostou na pistola que estava no coldre do lado esquerdo dele (que eu não tinha visto antes), e disse: "Isso aqui me diz que eu posso". Bom, eu estou do lado errado do cano, então eu disse: "Hmm, ok".

Continuamos andando, mas poucos passos depois, eu percebo que lá, pouco antes da "porta" (era mais um vão aberto que uma porta, propriamente dita), tinha um cara, vestindo um sobretudo cinza, com um rifle apontado para o nosso lado. E eu vi a linha vermelha do laser vindo direto na minha testa. Nesse ponto, eu já estava pensando que rolava muito mais coisas naquele lugar do que parecia à primeira vista. E não devia ser coisa pequena, porque não faz sentido nenhum ter um cara de rifle lá dentro. Me joguei no chão, de súbito, achando que o cara iria pegar qualquer um dos dois. De fato, o cara do sobretudo não parecia trabalhar para o mesmo time que o careca. No chão, eu ouço o disparo, e eu tento olhar pra trás e tenho a impressão de que o careca, no chão, tomou chumbo.

Fodeu! Nessa hora, já estava chovendo, e como estava escuro, eu desaparecia com minhas roupas, mas a minha mochila ficou a uns 2-3 metros atrás. Putz, com o que tem lá dentro, eles vão me achar fácil, fácil, minha vida vai virar um inferno. Não posso deixar a mochila. O cara do rifle parou de atirar, eu me arrastei como soldado até a mochila, e fui arrastano ela comigo, tentando esconder o bege dela na minha roupa.

(pequeno milagrezinho incoerente: o cara do rifle sumiu)

Entrei de volta pra boate, procurei um lugar onde tivesse um bêbado no escuro, dei umas cotoveladas na cara do sujeito até ele desmaiar, peguei o sobretudo preto dele, enfiei a mochila dentro, e fui para outro canto escuro. Lá eu abri a mochila e fui tirando todas as coisas que tivessem meu nome: os livros de alemão, caderno, contas, etc... Rasguei, tirei, peguei tudo, coloquei nos bolsos, e fiz de conta que tava doidão e fui saindo junto. Larguei a mochila lá atrás.

Acordei. Eram 03:47 da manhã, e foi foda voltar a dormir.

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