russo
Não é uma comunidade, é um noticiário.

27.5.05

 

Mais Sonhos

Hoje, e não é a primeira vez nos últimos dias, sonhei que havia um louva-deus na parede ao lado da cama. Nos outros dias, ele apenas ficava lá, mas hoje ele pulou em direcão à minha boca ou à minha garganta, não consegui perceber direito, ou não lembro. Acordei - sem pânico. Acordei, apenas.

 

Sonho Bizarro

[DISCLAIMER: Sonhei este sonho no fim da madrugada do dia 26/Abril]

Eu estava no interior, por algum motivo eu acho que era Americana, de onde vem o Floydes, mas não era nenhum lugar que eu conheça. Então todos saíram de moto e me chamaram, mas eu estava sem moto, então fui à pé. Era de noite, e apesar de eu não me lembrar de ter visto a lua, eu sei que estava cheia pois estava claro.

Chegando lá, o lugar era uma casa, um sobrado, de madeira pintada de branco, só que era velha, a tinta já estava meio que enegrecida, descascando em alguns lugares. Vindo pela estrada, a casa estava à direita, e junto com ela, e logo após a dita, era como se houvesse uma elevação de terra, que ia até a altura do segundo andar. Logo depois dessa "elevação", havia algumas árvores, debaixo das quais o pessoal tinha parado as motos.

A elevação, na verdade, ao ser contornada (indo até as árvores, virando à direita, anda um pouco, e à direita de novo), do outro lado era a parede de um tanque de água, quase como se fosse um pesqueiro, no qual havia umas "passarelas" bem toscas, de madeira na altura do segundo andar da casa. Ao se contornar pelas árvores e ir para o lado do "pesqueiro", podia-se subir por uma escada de madeira, e pelas tábuas andar acima da água, até chegar perto da "elevação", que deste lado, parecia uma amurada onde podíamos nos apoiar. Devíamos estar ali perto de umas 10 pessoas, mas eu só lembro do Floydes, e acho que um primo dele estava ali por perto. Eu estava apoiado na amurada, e com a casa ao meu lado - todos os outros estavam à minha direita.

Apoiados na amurada, ficamos ali jogando conversa fora e/ou simplesmente apreciando a planície que se estendia em frente à casa. Uma planície vasta, levemente em declive, com umas casas aqui mais perto (+- uns 500-600 metros, mas meu olhômetro é bem ruim pra isso), e aqui e acolá, uma outra casa, várias árvores, vegetação, mais uma casa. À luz do luar, era uma paisagem bem bonita de, simplesmente, testemunhar. Estar lá para que houvesse alguém que visse, e que se lembrasse dela.

Um pequeno detalhe técnico: a "amurada" onde estávamos apoiados não estava alinhada com a frente da casa, era na verdade mais recuada, então havia um pedaço da lateral do primeiro andar da casa que se encontrava exposto, e nesse pedaço de parede, havia uma janela. Como eu estava encostado bem no canto da amurada, junto à casa, a janela estava mais ou menos abaixo de mim.

Estávamos lá, contemplativos, quando ao longe, vemos as luzes de um avião, não muito alto, passando por sobre o vale. Parecia um avião a jato, grande, comercial. Ele atravessava o céu da esquerda para a direita, e víamos luzes brancas nele. Eu gosto de ver os aviões voarem, eu acho mágico, e por alguns instantes me deleitei com as luzinhas perambulantes. De repente, vindo de mais longe, mas vindo em nossa direção, aparece um conjunto de luzes vermelhas - eram 6 ou 8, dispostas com uma geometria dotada de simetria - detalhe: nenhum avião tem tantas luzes vermelhas voltadas para a frente. Imediatamente pensei: pronto, lá vamos nós ver disco voador! E antes que eu pudesse formular isso melhor, ou mesmo falar isso, começou.

Uma das luzes vermelhas que estavam vindo explodiu em faíscas, como se fosse um curto-circuito de fios de alta tensão (tudo isso lá, ao longe), e o que era um disco voador passou a ser um avião (não sei direito como e/ou porque...), e após a "explosão", ele acertou o outro avião (o das luzes brancas), que veio e caiu, mas ele caiu como se fosse uma caixa de sapato, e caiu seco, ele se espatifou e se partiu em vários pedaços, como se fosse algo quebradiço. Tudo isso em frações de segundo. O das luzes vermelhas veio vindo, e caindo, caindo caindo, e ele caiu exatamente atrás da casa mais próxima, e caiu com um estrondo, de explosão, ferro retorcido, barulho dos infernos, e caiu e nós vimos a casa sendo arrebentada pelos destroços, e voando coisas pelo ar. (nossa, deu arrepio só de lembrar)

Ainda em frações de segundo, eu lembro de duas coisas: eu pensando que aqueles destroços que estavam subindo no ar iriam nos atingir - ao que eu gritei para todos se protegerem; e o Floydes, que estava ao meu lado na amurada, olhando para a esquerda e para baixo (ou seja, para a janela da casa), dizendo "não! se esconde!! você vai se machucar!! xô!!!!". Quando eu olho para a janela, tem uma girafa - sim, eu disse uma girafa - passando a cabeça, deitada de lado, pela janela da casa. Na luz da lua, a girafa parecia meio que acinzentada/prateada/esbranquiçada, qualquer coisa nessa linha, menos amarela ou laranja. E ainda dentro das frações (já esticadas) de segundo, ela passa o pescoço pela janela e levanta a cabeça até a altura da amurada. Nisso, todos os outros se abaixaram atrás da amurada para se proteger, e eu, por algum motivo que não me vem à mente, ao invés disso, pulei para o pescoço da girafa e fiquei escondido atrás dela, enquanto começava a cair os destroços.

Depois disso, eu já entrei naquela fase em que eu caculo os resultados dos sonhos, ao invés de simplesmente sonhar, e logo depois disso eu não me lembro mais nada, acho que acordei.

 

Enquanto isso, no interiorrr de São Paulo

Estou morando ainda na casa dos meus amigos, as Marias e o Antônio. Em outro post eu conto causos da minha estada por lá, tem sido um tempo muito feliz, pra mim com certeza, e creio que para todos os outros.

Basicamente a vida aqui até agora tem sido um tanto quanto corrida, devido ao fato de eu estar correndo atrás de um monte de coisas ao mesmo tempo.

O status atual é: na semana que vem, se a imobiliária não inventar mais nenhuma frescura, espero assinar o contrato de aluguel e pegar as chaves de uma casinha no condomínio Villa Flora em Sumaré. É um lugar muito ajeitadinho, a casinha é geminada :-(, mas é bem dividida, e o acabamento está impecável.

Enquanto isso, na 2a.feira dia 30 vou deixar a moto em São Carlos para colocar um comando de pedais avançado, ele fica uns centímetros a mais para a frente.

Tudo isso dando certo, no dia 04, sábado, de manhã eu pego a moto em São Carlos, e vou para Blumenau. Hmmm... isso tá muito corrido, vou tentar sair daqui na 6a. à tarde, para estar em S.Carlos no sábado de manhã.

O cara da mudança me ligou esta semana, talvez dê para ele pegar as minhas coisas no dia 6 ou 7, e já estar aqui no dia 08 - por isso o "vou para Blumenau". Na verdade, estou no meio de um dominó, cada pecinha caindo, uma de cada vez.

Agora tenho de esperar até 2a.feira, ou 3a.feira, para saber se está tudo OK com o aluguel. (cara de saco cheio....)

26.5.05

 

Mina Docinho

[DISCLAIMER: Este também faz tempo que tava no Drafts]

Pode até ser que sejamos responsáveis pelos que cativamos; eu acredito que somos responsáveis pelo que falamos; mas não consigo achar que somos responsáveis pelo que as outras pessoas pensam. Leia-se "entendem". Leia-se "esperam". Leia-se "imaginaram".

Algum tempo atrás, eu havia entrado no orkut em uma comunidade chamada "Odeio Mina Docinho". E isso, eventualmente, veio a me render alguns frutos, no mínimo, indesejáveis. Como se, ao fazer isso, eu estivesse traçando uma linha excludente, como se proferisse uma sentença - como se a mesma fosse de última instância. (E outras coisas que EU imaginei a partir do que ouvi, but hey, that's what this is all about). Expectativas, ambiguidades, interpretações. Slippery rocks.

O fato é que eu pensei a respeito, e pensei nesta b**** de comunidade. E pensei cuidadosamente: com o que é que me identifiquei ali? E a conclusão que eu cheguei é que o meu problema não é com "Docinho", é com "Mina". Todo mundo faz um docinho de vez em quando, é divertido, é aconchegante, é como uma idiossincrasia, algo que não é importante por si só, mas que é uma daquelas pequenas coisas das quais sentimos falta depois. Não tenho nenhum problema com mulher que faz docinho, aliás, mulher que não faz docinho é algo muito estranho. Mas existe uma linha sim, em algum lugar, que eu não sei precisar (nem acho que eu consiga), entre uma "Mina Docinho" e uma "Mulher Docinho".

Eu não sei traçar a diferença, eu até mesmo tenho algumas teorias, mas... se nem mesmo na minha cabeça eu sei traçar a diferença entre o "Mino" e o "Homem", não vou nem me aventurar a tentar entender algo na cabeça das mulheres ;-)

 

O Sozinho

(DISCLAIMER: isso estava escrito há uns 3 meses, eu tinha esquecido de publicar)

Eu disse outro dia, numa conversa ao telefone:

"A história da minha vida é eu tentando ficar sozinho. Saí de Brasília, saí da casa da família, saí de São Paulo. Aqui em Blumenau, eu fiquei sozinho. Eu precisava passar por isso. Agora eu não quero mais."

Eu quero voltar para perto, não porque desisti de ser eu mesmo, eu quero voltar pra perto porque eu já sou eu mesmo, apesar dos outros. Apesar da minha família, apesar dos meus amigos, apesar da sociedade, do escritório, etc. Claro, assim como todo mundo, eu tenho meus dias menos focados, onde me sinto como mais um do rebanho, sim. Mas eu não consigo mais me esquecer de mim mesmo.

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